sábado, 10 de maio de 2008

Grêmio INACREDITÁVEL

Começando um novo campeonato brasileiro onde temos que reconhecer que o Grêmio já teve dias melhores. Mas para quem não lembra, vou lembrar agora pois já tivemos dias piores, dias que até mesmo os torcedores mais fanáticos como eu baixaram a cabeça e sentiram-se desacreditados mas até mesmo nesses dias negros o Grêmio provou sua raça e fez o que todos consideravam INACREDITÁVEL, o máximo do improvável. Mesmo que você seja um torcedor de outro time qualquer e ache que o que eu estou escrevendo aqui é um monte de besteira, pare para refletir um pouco e tire suas próprias conclusões: voltemos a novembro de 2005, até aquele momento achamos que seria o pior ano da existência do Grêmio, um ano ruim em que jogavamos a serie B do campeonato brasileiro em uma campanha sofrida de vitórias difíceis e algumas derrotas sem explicação. A torcida estava desmotivada mas não perdia a esperança. Nosso técnico, Mano Menezes, com sua frieza havia sido uma aposta do presidente do Grêmio que desde o início confiava nele e que aliás, depois de alguns jogos, era o único a confiar. Mas, aos trancos e barrancos, o Grêmio chegou ao último jogo do campeonato. Viajou léguas até o Recife, bem longe do Olimpico para jogar contra o Nautico. O palco seria o Estádio do Aflitos, nome aliás que define bem o rosto e o sentimento dos poucos torcedores que acompanharam o time e dos que aqui ficaram espalhados pelo Rio Grande do Sul. Mas o drama do Grêmio não começaria com o apito do arbitro. Antes mesmo do inicio do jogo, os jogadores já sofriam a pressão de um vale-tudo de final de campeonato fora de casa. Segundo relatos dos jogadores, o vestiário tinha sido pintado e o cheiro éra insuportável, muitos passaram mal. Para piorar, colocaram um som altíssimo para que o time do Grêmio não pudesse conversar ou se concentrar antes da partida. Mas enfim a jogo começou e bastava um empate para o Grêmio classificar-se para série A. Um jogo truncado e de muitas faltas acabou com um pênalti contra o Grêmio. A torcida, com o coração na mão achou que poderia colocar tudo a preder naquele momento mas o santos do futebol com certeza estavam a nosso favor naquele momento e a bola foi pra fora. Mais jogo rolando e muitas faltas para os dois lados resultariam no final em um Grêmio com 7 jogadores em campo e quase 60 minutos de bola rolando no segundo tempo (não foi erro de digitação foram 60 minutos mesmo). Mas voltando um pouquinho, o jogo estava no fim e como um empate bastava, o grito estava entalado na garganta do torcedor nesse finalzinho de jogo até que o pior acontece... jogador do Nautico caido na área e o juiz marca outro pênalti. Desta vez realmente a coisa tava feia. Depois de muito jogo e bola rolando era dificil exigir que o goleiro Galatto ainda tivesse força para segurar aquele chute, mas ele não estava sozinho, os santos do futebol ainda estavam no campo a favor do Grêmio naquele dia e Galatto milagrosamente defendeu o pênalti. A comemoração da torcida explodiu pelas ruas de Porto Alegre, comemoravam tanto que alguns esqueceram que o jogo não havia terminado e perderam algo ainda mais impressionante. O jogador Anderson rouba a bola e corre pela lateral em direção ao ataque sofrendo uma falta. Ele cobra ainda confiante de mudar o placar e não toca pra niguém, entra na área e marca um belo gol confirmando assim a vitória do Grêmio na série B do brasileirão e a volta à série A. Terminava ali um dia sem dúvida alguma INACREDITÁVEL para qualquer torcedor Gremista. Impossível esquecer.

O vídeo mostra o momento final, o último pênalti e o gol do Grêmio.

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